sábado, 9 de março de 2013

O protecionismo da industria da maquiagem

Assistimos desde sempre uma política brasileira de proteção a sua "indústria nacional". muito bem, para não virar uma postagem total de boteco, apenas para ilustrar esta política confusa e inútil, vou discorrer sobre apenas uma indústria nacional: a de instrumentos musicais e acessórios (equipamentos, amplificadores, pedais, cabos e afins).
Hoje temos algumas marcas de instrumentos nacionais, que um dia fabricaram aqui no Brasil todas as partes de seus instrumentos, desde as partes de madeira, as ferragens e as partes elétricas e eletrônicas. foi uma época em que se era impossível importar qualquer coisa, o regime era fechado e as barreiras para importação de qualquer bem de consumo eram quase intransponíveis. foram anos dourados em que existia uma quantidade máxima de computadores que podiam entrar no Brasil por este tipo de equipamento ser "estratégico para a segurança nacional". Existiam marcas como a Gianinni que fabricavam bons instrumentos, bons amplificadores, era o melhor que um músico brasileiro conseguia adquirir, já que era muito caro e burocrático conseguir um equipamento importado, um privilégio de muito poucos. nos anos 90, apos a "abertura de mercado" promovida pelo presidente do saco roxo Collor, começamos a sentir o gosto de podermos adquirir alguns equipamentos importados, que por terem menos barreiras, começaram a ser trazidos em maior quantidade e pode finalmente ser acessível a mais pessoas do que nos anos do regime militar.
No final dos anos 90, o mundo recebeu um apelido de "Globalizado" que consistia no mundo inteiro aproveitar a mão de obra semi-escrava da China para conseguir matéria prima para suprir as indústrias dos demais países do mundo.
acontece que o Brasil, sempre com a desculpa de proteger a sua industria, abusou das taxas e dos impostos de qualquer produto, matéria prima enfim, de tudo o que se tenta fazer por aqui.
A Gianinni e todas as outras empresas que um dia fabricaram alguma coisa por aqui estão usando de uma esperteza jamais vista: a industria maquiadora.

Esta industria tem benefícios do governo, pode importar mais quantidade de qualquer coisa do que uma loja por exemplo, e se ela pega um monte de partes para juntar em um galpão aqui no solo brasileiro, aí que o governo ajuda mais ainda.

Acontece que nem tudo o que se fabrica hoje no Brasil é brasileiro. tudo é fabricado na China. é desmontado e enviado ao Brasil, onde ganha um adesivo e um número de série, junto com um carimbo mentiroso na embalagem e no manual de instruções: "Made in Brazil".

Aqui não se fabrica nada, apenas se maquia. mesmo que alguém decida produzir uma coisa genuinamente brasileira, vai ter que importar TODOS os seus componentes.

A madeira que se usa para fazer uma guitarra, provavelmente foi retirada da amazônia e para conseguir-se uma madeira "legalizada" para se construir um instrumento, vai vir dos Estados Unidos por exemplo.

Os artifícios do governo, bem como o investimento que visa "proteger" a industria nacional, somente nos mantem atrasados de todas as tecnologias do mundo e protege os empregos dos semi-escravos da industria chinesa. 

O pior é que a mídia ainda vende a ideia de que sobram vagas de emprego para engenheiros, as pessoas estão correndo para as universidades para cursar engenharia, e depois vão ter que ir vender imoveis e automóveis  pois não existe de fato uma industria que absorva toda esta mão de obra.

Com isso, podemos concluir que o nosso governo não nos protege de nada e nos impede de sermos de fato uma sociedade de consumo. quando descobrirmos o que estão fazendo conosco, será tarde demais, morreremos na fila de algum hospital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário